1970
01 – Gospel 00:04:40
02 – On the Rack 00:03:08
03 – Heading for Defiance 00:03:49
04 – Nights in White Satin 00:05:59
05 – Family 00:03:45
06 – Paper Box 00:03:42
07 – Draw the Line 00:04:56
08 – My Song 00:03:54
09 – So Satisfied 00:05:10
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O vôo da águia
Todo o ser humano trás dentro de si uma águia. Toda águia tem uma história.
Mas do que vale uma história, se estiver sujeitada ao contraditório de um anseio de liberdade.
Uma águia não pode ter seu espaço delimitado, precisa de espaços amplos para seus rasantes.
Ave enjaulada canta, mas seu canto é vontade de de ser livre.
Quantas gaiolas dentro de gaiolas inda é preciso quebrar para se assenhorear de horizontes...
Quão difícil se torna para uma águia deixar que a depenem, abrindo mão de suas mais resplandecentes plumas.
Nada impede o domínio, vaidade e inclinação ao poder que há em cada ave e fora dela, pressionando e corrompendo sua frágil carne.
De que valem as asas, se o ar e as paisagens encontram-se insalubres, desde que alguns anus se proclamaram representantes do alto sobre a terra...
Para sobreviver nessa escuridão, é preciso descortinar um horizonte de estrelas e alimentar-se de suas luzes.
Há um monstro dentro de cada ave homem, impedindo-a de alçar as alturas ao dizer-lhe: veja o ninho onde nasceste! Em contra partida um velho capenga e de voz firme redargúi: que importa o ninho para quem se alimenta de horizontes...
Todo águia ocidental trás dentro de si a sombra de uma ratazana que lhe corroe as estranhas, tornando-lhe constantemente um doente. Seu nome: Filho do inexistente...
É preciso arranjar forças para limpar os ulceras e remediar a carne apodrecida. O balsamo indicado para a cura chama-se: Leitura,Razão...
É preciso reagir ave homem, pois ave convalescente não voa! Acomoda-se com o alpiste paralisante do Crucificado...
Ave homem, quanta solidão nos horizontes para além de si mesmo. Só sabe, só sente quem audaciosamente ultrapassa os limites da sandice e da ilusão...
Querem impedir-te de voar ave homem, porque das montanhas se vê toda a imundice e pútrido que compõem as paisagens e os jardins das aves resignadas, que mendigam o alpiste de um deus indiferente.
Ave, uma águia não deve comer alpiste! Deve comer coelhos e outros animais imprevidentes e posteriormente estercar os jardins para que resplandeçam em suas reais plenitudes.
Ave homem, Somente lá das alturas se contempla tanta águia insolente voando como urubu no calor das correntes, a procura de carniça.
Águia, bem sabes que para chegar ao cume é preciso gastar as garras e o bico escalando os paredões da ignorância e ao atingir o topo, bicar até a morte o monstro de terno e a sotaina que abastecem as nascentes da estupidez...
Oh! Ave homem, prepare-se, há tanta tempestade e frio no ápice da montanha. É preciso ser um urso para não retroceder como uma gazela quando encontrar frente a frente um leão que traz em seu peito "meu nome solidão"...
Oh! Ave homem, é necessário ter um coração forte o bastante para oxigenar o sangue na plenitude rarefeita. Coração fraco explode no menor aclive, onde ainda te atormentam os fantasmas de tuas antigas ilusões...
Oh! Ave, quando mais alta a montanha, mais próxima está à loucura; mais se define o nada; mais nítidas se vê abaixo na terra dos homens as ilusões...
Oh! Águia, a solução é voar, voar cada vez mais alto, sempre em direção ao horizonte onde um dia sumirá na escuridão da noite como some o sol, quando se entoja dos homens...
Davi RoballoMas do que vale uma história, se estiver sujeitada ao contraditório de um anseio de liberdade.
Uma águia não pode ter seu espaço delimitado, precisa de espaços amplos para seus rasantes.
Ave enjaulada canta, mas seu canto é vontade de de ser livre.
Quantas gaiolas dentro de gaiolas inda é preciso quebrar para se assenhorear de horizontes...
Quão difícil se torna para uma águia deixar que a depenem, abrindo mão de suas mais resplandecentes plumas.
Nada impede o domínio, vaidade e inclinação ao poder que há em cada ave e fora dela, pressionando e corrompendo sua frágil carne.
De que valem as asas, se o ar e as paisagens encontram-se insalubres, desde que alguns anus se proclamaram representantes do alto sobre a terra...
Para sobreviver nessa escuridão, é preciso descortinar um horizonte de estrelas e alimentar-se de suas luzes.
Há um monstro dentro de cada ave homem, impedindo-a de alçar as alturas ao dizer-lhe: veja o ninho onde nasceste! Em contra partida um velho capenga e de voz firme redargúi: que importa o ninho para quem se alimenta de horizontes...
Todo águia ocidental trás dentro de si a sombra de uma ratazana que lhe corroe as estranhas, tornando-lhe constantemente um doente. Seu nome: Filho do inexistente...
É preciso arranjar forças para limpar os ulceras e remediar a carne apodrecida. O balsamo indicado para a cura chama-se: Leitura,Razão...
É preciso reagir ave homem, pois ave convalescente não voa! Acomoda-se com o alpiste paralisante do Crucificado...
Ave homem, quanta solidão nos horizontes para além de si mesmo. Só sabe, só sente quem audaciosamente ultrapassa os limites da sandice e da ilusão...
Querem impedir-te de voar ave homem, porque das montanhas se vê toda a imundice e pútrido que compõem as paisagens e os jardins das aves resignadas, que mendigam o alpiste de um deus indiferente.
Ave, uma águia não deve comer alpiste! Deve comer coelhos e outros animais imprevidentes e posteriormente estercar os jardins para que resplandeçam em suas reais plenitudes.
Ave homem, Somente lá das alturas se contempla tanta águia insolente voando como urubu no calor das correntes, a procura de carniça.
Águia, bem sabes que para chegar ao cume é preciso gastar as garras e o bico escalando os paredões da ignorância e ao atingir o topo, bicar até a morte o monstro de terno e a sotaina que abastecem as nascentes da estupidez...
Oh! Ave homem, prepare-se, há tanta tempestade e frio no ápice da montanha. É preciso ser um urso para não retroceder como uma gazela quando encontrar frente a frente um leão que traz em seu peito "meu nome solidão"...
Oh! Ave homem, é necessário ter um coração forte o bastante para oxigenar o sangue na plenitude rarefeita. Coração fraco explode no menor aclive, onde ainda te atormentam os fantasmas de tuas antigas ilusões...
Oh! Ave, quando mais alta a montanha, mais próxima está à loucura; mais se define o nada; mais nítidas se vê abaixo na terra dos homens as ilusões...
Oh! Águia, a solução é voar, voar cada vez mais alto, sempre em direção ao horizonte onde um dia sumirá na escuridão da noite como some o sol, quando se entoja dos homens...
18/02/2008
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