Para: metalprudente@yahoo.com.br
Gene Hoglan: “Faremos um show forte e agressivo”
Luiz Gomes Otero
Da Redação
Entrevista: Gene Hoglan.
Baterista da banda: FEAR FACTORY
Foto utilizada - Divulgação (http://dietrichthrall.files.wordpress.com/2009/10/fear_factory_2009.jpg)
“Soube pelo santista Gus, da banda ODUM, que o público no Brasil é insano. Que os brasileiros são muito calorosos. São fãs verdadeiros de música pesada”
Com 20 anos de estrada, a banda de heavy metal FEAR FACTORY se apresenta pela primeira vez no Brasil hoje [sexta-feira, 4], no Espaço Lux, de São Bernardo do Campo. O show acontece logo após o término das sessões de gravação do novo álbum do grupo, “Mechanize”. O FEAR FACTORY é composto pelos músicos Burton Bell (vocal), Dino Cazares (guitarra), Byron Stroud (baixo) e Gene Hoglan (bateria). Em entrevista para A Tribuna, Hoglan fala sobre o show e revela que mantém uma relação direta com Santos: o responsável pela montagem e afinação do seu set de bateria é o santista Gus Conde, também músico da banda ODUM, nos Estados Unidos.
Como aconteceu a oportunidade de tocar com a banda FEAR FACTORY?
Em outubro do ano passado recebi uma ligação do Burton, dizendo: “Estamos pensando em pôr a banda de volta. Você está interessado?”. Naquele momento, sabia que meu ano de 2009 ia ser bem corrido. Disse que gostaria de participar de um álbum com a banda, mesmo sabendo que o material escrito pelo Raymond (Herrera, baterista da formação original) era um tanto complicado. Gostaria de me juntar ao grupo e escrever material novo. Então, em abril deste ano, nós começamos a ensaiar o que se tornou o disco “Mechanize”. Em julho entramos em estúdio para gravar.
Como foi o processo de gravação do álbum?
Foi todo construído na base da estaca zero. Eu achei que o Dino viria com idéias ou algumas partes já escritas. Mas descobri que ele não trabalha assim. Ele escreve junto com o baterista. O Dino coloca na mesa os riffs que ele tem e eu ponho as minhas idéias em cima. Escrevemos bastante material, mas acabamos por gravar 10 músicas no álbum. Fiz minhas gravações de todas as faixas de bateria em dois dias, pois logo depois voei para Ohio para gravar com um dos meus outros projetos, o PITCH BLACK FORECAST. Meu último dia de folga foi em abril, e o próximo vai ser 10 de janeiro. Eu literalmente não parei este ano.
Esta é sua primeira vez no Brasil. O que você conhece do nosso País?
O que sempre se ouve é que o público no Brasil é insano, realmente muito caloroso. São fãs verdadeiros de música pesada. Sei que os ritmos típicos do Brasil são muito interessantes. E as mulheres, maravilhosas. O Gus (Conde), que responde pela afinação da bateria que toco, é de Santos. Ele trouxe muita informação a respeito do Brasil.
Quais são suas influências como baterista?
Neil Peart (do grupo canadense RUSH) foi uma grande influência no começo. Terry Bozzio, Robb Reiner da banda ANVIL, Rob Hunter da banda RAVEN foram outras grandes influências em matéria de dois bumbos, bem como o falecido Cozy Powell. Depois comecei a estudar caras como Sunny Emmery, Steve Gadd (baterista que acompanha Eric Clapton) e, logicamente, Dean Castronovo (que integrou a banda JOURNEY). Esses foram os caras de onde tirei alguns truques.
O que as pessoas podem esperar do show?
Os fãs podem esperar um setlist bem forte e agressivo. Tem material novo, mas também clássicos do FEAR FACTORY e algumas surpresas – músicas que a banda nunca tocou ao vivo e algumas que a banda não toca há 15 anos.
Como é tocar em várias bandas ao mesmo tempo?
Você chega à conclusão de que tem que abrir mão de todo seu tempo pessoal, mesmo de coisas simples como checar e-mails, postar alguma coisa no MySpace, conversar no telefone com um amigo. Às vezes me mandam CDs das outras bandas das quais faço parte para checar e dar minha opinião. Acabo ficando com o disco por duas ou três semanas, sem ter uma chance para sentar e ouvi-lo.
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