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domingo, 25 de abril de 2010

STRESS - LIVE ´N´MEMORY (2009) BELÉM - PARÁ

http://www.4shared.com/file/TfVNGti1/_2009__Live_n_Memory.html





Banda gravou primeiro disco de heavy metal do país!!!

Orgulho de ser do Pará: STRESS no Diário do Pará!



Meados dos anos 70, Belém do Pará. Colegas de classe, influenciados por bandas que até então estavam no auge – como o lendário Pink Floyd – resolveram se reunir para aprimorar uma apatia em comum pelo Rock n’ Roll. A ideia inicial era reproduzir as músicas alternativas que embalavam um mundo cheio de revoluções e movimentos libertários. Realidade tão distante do Brasil e mais ainda da capital paraense, que ainda não tinha o hábito de tocar tais canções ditas como “rebeldes” em ambientes públicos. No máximo eram trilha sonora de reuniões e festas particulares de adolescentes. Foi nesse contexto, sem maiores pretensões, que nasceu a banda Stress, que marcou história por ser o primeiro grupo de heavy metal do Brasil.



A banda paraense que marcou a história do rock brasileiro nasceu sem qualquer talento. Foi só depois da ideia de formar o grupo que cada integrante escolheu um instrumento e se submeteu a aprendê-lo. Virou uma tradicional banda de garagem. Durante as primeiras apresentações – todas de graça –, atraíam um público pequeno de adoradores do rock. “Existiam pequenos focos de roqueiros em cada bairro de Belém. Mas a gente seguiu em frente, a gente se achava diferente dos outros, mesmo. Começamos do zero”, revelou o vocalista da banda Roosevelt Bala. Após um ano, o grupo já tocava em festas de 15 anos e resolveu fazer uma banda de verdade: com nome e show de estreia. O termo “stress”, novidade na época, serviu como uma luva: lembrava outras bandas com nomes pequenos - como Kiss - e tinha como significado algo que causava confusão comportamental.



Na apresentação de estreia, em 77, já tinham sido responsáveis pelas primeiras reuniões de roqueiros de Belém. O público estava em constante aumento. Em 82, resolveram gravar o primeiro disco – que hoje é conhecido como o primeiro LP de heavy metal do Brasil – em meio a dificuldades tecnológicas e poupança de mesadas. No mesmo ano, a banda se consagrou ao realizar um show no Estádio do Paysandu para mais de 20 mil adoradores do rock. “Depois resolvemos divulgar o nosso trabalho no Rio de Janeiro. Fomos a algumas gravadoras entregar o nosso disco. Sabíamos que já tínhamos chegado no nosso ápice no Pará e estava na hora de expandir”, disse Bala.



O disco logo virou raridade, pois somente mil cópias foram feitas. Uma delas chegou às mãos de um produtor da Rádio Fluminense no Rio, a Rádio Rock Brasil “A Maldita”. A música “Oráculo do Judas” entrou na programação do veículo, o que tornou o Stress conhecido dos cariocas. Foi só nesta época em que os fanzines de todo o Brasil denunciavam o surgimento da primeira banda nacional de heavy metal é que os integrantes do Stress descobriram que eram pioneiros em todo o país.



Em 83 começava a explodir o movimento “Rock Brasil”, que começou na casa de shows Circo Voador, no Rio de Janeiro. Bandas de todo o país disputavam uma oportunidade para tocar. Logo o Stress foi procurado para ser a atração principal do show intitulado ‘A Primeira noite de Heavy Metal’. As rádios anunciavam loucamente o evento: “Direto do inferno amazônico, a banda mais pesada do Brasil”. “Foi uma das coisas mais incríveis que já aconteceram na minha vida. Fomos recorde de público, com mais de duas mil pessoas no show de estreia. Ao final, nós quebramos todos os equipamentos – que não eram nossos –, aí eu pensei ‘Pronto, vamos levar porrada’. Mas que nada, o público invadiu o palco para nos carregar. Os produtores pagaram o prejuízo e ainda ganhamos o nosso primeiro cachê”, revelou.



A partir de então, os convites para shows no Rio tornaram-se tão frequentes que a banda precisou mudar-se para lá. Em 1985, o Stress assinou com a gravadora Polygram para gravar o segundo disco “Flor Atômica”. Foi este trabalho que lançou o grupo nacionalmente, pois a distribuição abrangeria o Brasil todo através de revistas de repercussão nacional que estampavam o grande feito da banda paraense. Neste mesmo período, o grupo foi atração principal em diversos shows e já chegaram a ter como bandas de abertura nada menos que Titãs e Barão Vermelho.



De lá pra cá, percorreram em diversas turnês pelo Brasil afora. Este ano, a banda está terminando os arranjos do quarto álbum com músicas inéditas – uma delas a principal trilha sonora do filme “Brasil Heavy Metal”, que conta a história do movimento no país e deve estrear em setembro deste ano. “Nas nossas letras, nós sempre relatávamos o nosso cotidiano amazônico, os nossos problemas, os nosso linguajar e tudo mais. Tanto é que ganhamos prêmio da Academia Paraense de Letras pela música ‘Flor Atômica’.” (Diário do Pará)



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